Escritor Josivaldo Constantino dos Santos


Publicado em 19 de Janeiro de 2021 ás 09h 23min

 

Falando com nosso homenageado

1 – AL: Como foi o seu primeiro contato com a literatura?

R: JOSIVALDO: Meu primeiro contato com a Literatura foi em 1979 quando ingressei no Seminário Diocesano Nossa Senhora Mãe da Igreja em Presidente Prudente interior de São Paulo. Por um período, eu cuidava da biblioteca do Seminário que possuía um rico acervo e durante o horário de expediente eu lia, e quando não conseguia terminar a leitura, levava o livro escondido para ler a noite no quarto embaixo das cobertas com o auxílio de uma pequena lanterna. Tinha que ler escondido, pois os livros que me interessavam não eram aconselhados para leitura no Seminário: O Crime do Padre Amaro de Eça de Queiroz, O Seminarista, de Bernardo Guimarães, Gabriela Cravo e Canela e Dona Flor e seus Dois Maridos de Jorge Amado e outros romances nesse estilo.       

2 - AL: Você escreve mais textos científicos, e as principais diferenças entre os textos literários e não-literários estão no objetivo e no modo como são construídos. Como você faz para diferenciar os momentos em que está produzindo ambos os textos?

R: JOSIVALDO: Os textos científicos ou acadêmicos como chamamos na esfera universitária, os escrevo por uma necessidade de produção acadêmica, e, por estar profissionalmente inserido na Universidade, a linguagem e a escrita científicas são fundamentais. A escrita acadêmica/científica, pressupõe sempre referenciais teóricos alicerçados em resultados de pesquisas e/ou ações de extensão da Universidade, e, por isso são escritas que muitas vezes provocam um cansaço físico e mental. Quando me debruço sobre a escrita poética, eu produzo com mais leveza, mais suavidade, e com a mesma seriedade e profundidade da escrita acadêmica. Prova disso é minha tese de doutorado, indicada ao Prêmio Capes de Teses em 2014, justamente por ser construída, integrando a linguagem científica e a linguagem poética da Literatura de Cordel. As temáticas do mundo acadêmico que traduzo para a linguagem literária/poética, mostram que ciência também se faz com poesia. Esse é meu propósito enquanto educador e poeta.

3 – AL: Os textos não-literários contribuem com seus processos de construção de textos literários?

R: JOSIVALDO: Utilizo muito os textos não-literários para as minhas produções literárias. Vejamos: Enquanto poeta e professor universitário, procuro por meio de pesquisas e de produções próprias, mostrar que a linguagem poética e no meu caso específico a Linguagem da Literatura de Cordel com sua rima, seus versos cadenciados, sua sonoridade e divisão silábica própria, está também a serviço da formação acadêmica e deve ser respeitada tal qual é respeitada a linguagem acadêmico/científica. O que venho desenvolvendo na Universidade quanto a isso? Após o término de leituras sobre referenciais teóricos de determinado tema, ao invés de produzir um artigo acadêmico nos mesmos moldes das leituras que fiz, produzo um “artigo literário”, com o mesmo rigor acadêmico, porém, escrito em linguagem poética. Vou dar três exemplos de como faço a junção de textos não-literários com textos literários: No livro Formação Continuada e Educação do Campo: Dialogando com a Diversidade (2020), que apresenta resultados de pesquisas e de extensão da Universidade (UNEMAT), o resultado de minha pesquisa bibliográfica sobre avaliação da aprendizagem, foi publicado em poesia de cordel com o tema: Avaliação da Aprendizagem – Uma reflexão em Versos de Cordel. Para refletir com os estudantes do Curso de Administração sobre as concepções de trabalho dos filósofos Friedrich Hegel e Karl Marx, fiz a pesquisa bibliográfica e escrevi um texto poético em Literatura de Cordel com o tema “O Trabalho na Perspectiva da Filosofia” com as devidas referências. Esse texto foi publicado no livro UNEMAT 40 Anos e Outras Histórias Acadêmicas em Literatura de Cordel (2020). O livro que publiquei em 2016 e depois ampliei em 2018, Paulo Freire: Vida e Obras em Literatura de Cordel, foi uma maneira que encontrei de traduzir uma linguagem coloquial acadêmica difícil e cansativa para as alunas do Curso de Pedagogia em linguagem poética, mais sensível, prazerosa e compreensível.

4 - AL: Fale-nos um pouco do seu trajeto literário e quando você começou a escrever contos e poesias.

R: JOSIVALDO: Escrevo poesias desde a adolescência. Contos, muito raramente, mas tenho alguns. Tenho até hoje o caderno, onde registrava os poemas, paródias, composições musicais e peças de teatro que escrevia desde os 15 anos quando estava no Seminário. Já na época escrevia algo em cordel, porém, sem muita noção ainda. O meu forte eram os sonetos, incentivado por leituras de Luís Vás de Camões graças a dois maravilhosos professores de Literatura que tive: Os padres Expedito Pereira Cavalcante e Lindolfho Antônio da Silva. Entretanto, em minhas viagens sempre comprava nas rodoviárias, folhetos de cordel, e isso aumentava o meu acervo e o meu gosto por esse gênero literário que já era de meu conhecimento desde pequeno quando morava no estado de Alagoas, visto que, meu pai era cantador repentista e além de cantar vivia a recitar histórias em cordel em casa. Ele foi meu grande inspirador na Literatura de Cordel. Por muito tempo, a Literatura ficou amortecida em mim, dando lugar apenas à escrita acadêmica, mas, durante o período de doutorado precisei da Literatura de Cordel para   me aproximar dos meus sujeitos de pesquisas: jovens estigmatizados como violentos na escola. A partir desse momento, a Literatura de Cordel que foi pensada inicialmente como um procedimento de aproximação entre pesquisador e pesquisados, tornou-se para mim o foco de meus estudos, pesquisas e publicações na Universidade. A poesia fluiu novamente e passei a tratar poeticamente, de temas complexos e espinhosos, como, por exemplo, a violência na escola. Foi nesse período de doutoramento, longe da família e vivendo em um quarto de pensão em Porto Alegre, Rio grande do Sul, que minha sensibilidade poética renasceu e passei então a expressar meus sentimentos, meus desejos, minhas saudades, enfim, minha visão de mundo, através da poesia; não só de cordel, mas preferencialmente poesia de cordel. E a partir de 2019, com o incentivo da Ações Literárias Editora, meu trajeto literário se ampliou, ganhou corpo e iniciei as publicações com os poemas e sonetos que escrevi na adolescência. E a caminhada pela literatura continua com dois prêmios literários conquistados em 2020.       

5 - AL: Como é o seu processo de escrita literária? Qual é a sua inspiração?

R: JOSIVALDO: Tudo o que me afeta me inspira. Isso é próprio do poeta. Vivo tendo ideias e essas ideias já chegam de forma poética, por isso, estou sempre com um papel e uma caneta para não deixar a inspiração escapulir. São as coisas da vida que me inspiram; esse é o meu processo de escrita. Creio que trafego em duas dimensões da poesia: poesias do coração e poesias políticas. Escrevo poesias que brotam do que sinto pelo mundo, pela vida, pelas pessoas. Poetizo a vida, a alegria de estar junto, minha concepção sobre o amor, os sentimentos pelas amizades, a saudade que pessoas queridas deixam quando passam para a outra dimensão. Minhas poesias são em sua maioria descritivas. Poetizo também minhas raivas, minhas frustrações, minhas decepções com a maneira de fazerem política, de administrarem a res-publica (coisa pública). A poesia também denuncia e aponta caminhos. Minha poesia não nega a minha origem, ela reafirma minhas ideologias.

6 - AL: Você é professor, como você vê a literatura hoje na sala de aula no dia a dia com adolescentes e jovens?

R: JOSIVALDO: A Literatura é fundamental na vida dos adolescentes e jovens, porque é a forma escrita do ser humano expressar a sua produção e criatividade. A pessoa que, em nossa sociedade não exercita a escrita, vive meia vida. Como educador, eu vejo que a Literatura está presente no cotidiano da sala de aula, porém, a questão não é apenas a presença da Literatura, mas de que forma ela está presente, como está sendo apresentada e compreendida. Como disciplina obrigatória? Como uma produção de nossas expressões? Existe uma Literatura Clássica, rebuscada, de escolas clássicas europeias que influenciaram a Literatura Brasileira, uma Literatura erudita cobrada nos vestibulares e concursos. Existe um cânone literário padronizador do que seja Literatura. O que me inquieta enquanto poeta e educador, é de como esse modelo de literatura é imposto na sala de aula. E as outras formas de expressão literárias? E as literaturas regionais, específicas de determinadas tradições populares, alegres, livres de amarras, que expressam vida e um “querer-viver”? São literaturas marginais, periféricas e excluídas do cânone literário. Então, eu vejo que é necessário, em sala de aula, começar a falar, não de Literatura, mas de Literaturas, libertando-as das amarras dominantes que as prendem e dessa forma proporcionar aos estudantes o prazer de produzir Literaturas.     

7 – AL: Qual o papel da literatura na formação de adolescentes e jovens?

R: JOSIVALDO: O papel da Literatura na formação de adolescentes e jovens, é coloca-los em contato direto com a herança cultural da sociedade. A forma de como um povo se expressa pela escrita, revela muito desse povo A Literatura está intimamente atrelada à história. É uma ligação umbilical. Estudar a Literatura de uma civilização antiga por exemplo, é dar vida a essa civilização, é torna-la presente, e estudar a Literatura da sociedade em que vive, torna o adolescente e o jovem, muito mais inseridos em sua história. O fundamental, é que o contato com a Literatura na escola provoque nesses adolescentes e jovens, o desejo de também produzirem literatura através da expressão escrita de seus sentimentos e de suas ações. Se é poesia, conto, romance ou a simples descrição de seus feitos, isso é o que menos importa. O que importa é escrever. Literatura é a expressão da vida.         

8 - AL: Como escolher um título para indicar para a sala de aula?

R: JOSIVALDO: Eu não trabalho com Educação Infantil, nem com Ensino Fundamental e Médio, mas, ministro oficinas de Literatura de Cordel para os educadores desses três níveis de ensino. Nas oficinas, alertamos para o cuidado com as fases de desenvolvimento dos educandos que passam sem dúvida pelas faixas etárias. Então, as escolhas de títulos passam por esses cuidados afim de que as leituras façam os efeitos necessários de acordo com os interesses de cada fase. Na Universidade, leciono Filosofia e Filosofia da Educação. Existe um rico acervo de Literatura de Cordel possível de ser trabalhado no Ensino Superior. Então, faço a mescla de textos clássicos da Filosofia com textos em Literatura de Cordel sobre o mesmo tema que estou tratando em Filosofia. Estudar por exemplo o Mito da Caverna de Platão em um texto clássico de Filosofia e depois estuda-lo em um texto em cordel, ou seja, o mesmo tema em duas linguagens distintas, é muito agradável e enriquecedor, até porque para fazer essa atividade exige que os estudantes tenham noção da divisão silábica do cordel e da cadência na forma de ler cada verso para que a rima fique bem clara e a mensagem do texto, bem compreendida. Ensaiamos entonação da voz, postura corporal e cadência silábica antes dessa aventura filosófico/literária. Para isso providencio para que cada estudante esteja com o texto de cordel, impresso ou digital.           

9- AL: Qual a melhor forma de ler para os alunos?

R: JOSIVALDO: Eu não leio para os alunos, eu leio com eles. A leitura de uma obra em Literatura de Cordel requer uma preparação prévia. Se as estrofes são de seis, sete, oito ou dez versos, a entonação da voz muda e é preciso respeitar cadência silábica afim de que as rimas fiquem em evidência, e, a leitura flua com leveza e musicalidade, garantindo assim a compreensão do texto poético. É preciso, porém, envolver os estudantes no clima da Literatura, seja em qualquer gênero literário. Levo para a sala de aula um chapéu de couro próprio dos vaqueiros nordestinos e um chapéu de cangaceiro daqueles usados por Lampião e seu bando e cada estudante para ler seu texto, ou sua estrofe em cordel, se paramenta com um desses chapéus e lê seu texto não só com a voz, mas também, com o corpo. A expressão corporal é um componente fundamental na leitura do cordel. Os resultados são positivos e geralmente pedem para que estudemos os textos filosóficos sempre em cordel, o que não é sempre possível, visto que na Universidade trabalho a linguagem de cordel integrada à linguagem filosófica. Nas licenciaturas e bacharelados onde leciono, a Literatura de Cordel já é plenamente aceita e requerida pelos estudantes. Tudo já está previamente no plano de aula semestral. Nada de improviso. Não basta ler Literatura, é preciso criar procedimentos para que a Literatura seja apreciada com alegria, desenvoltura, leveza e assim passe a ser desejada pelos estudantes. Repito: Isso é para qualquer gênero literário. Tudo isso deve contribuir para o letramento literário dos estudantes.              

10 - AL: Quantas vezes você revisa seus textos antes de sentir que eles estão prontos? Você mostra seus trabalhos para outras pessoas antes de publicá-los?

R: JOSIVALDO: Sou muito cuidadoso com os meus textos, sejam eles acadêmicos/científicos ou literários. Leio e releio várias vezes enquanto estou construindo e depois deles prontos. O interessante é que a cada leitura feita, sempre há algo para arrumar. Os textos acadêmicos/científicos, na maioria das vezes, envio para revisão gramatical. As poesias, dependendo do tema e do momento, antes de enviar para publicação, leio para meus alunos. Geralmente é minha esposa que lê antes de qualquer pessoa.

11 - AL: Quais escritores influenciaram o seu processo de criação literária, desde o início?

R: JOSIVALDO: como já disse anteriormente, aprendi a apreciar os sonetos de Luis Vás de Camões. A divisão 4,4,3,3 em decassílabos muito me encanta, porque em duas estrofes de quatro versos e duas de três versos, Camões apresenta um enredo com início, meio e fim.  Também, Gregório de Matos muito me inspira na produção de sonetos. Na Literatura de Cordel, minha principal influência foi meu pai, Antônio Constantino dos Santos, e depois, os meus primeiros contatos com os folhetos vieram por meio de cordelistas clássicos como Leandro Gomes de Barros, Manoel D’almeida Filho, José Pacheco, Arlindo Pinto de Souza, Rodolfo Coelho Cavalcante e Caetano Cosme da Silva que publicavam seus folhetos pela Editora Luzeiro. Mais tarde conheci as obras de Patativa do Assaré e atualmente um cordelista contemporâneo que admiro e que me inspira na produção de cordéis didáticos é o paraibano Jandhui Dantas que me deu a honra de tê-lo como prefaciador de um de meus livros, e, que recentemente me convidou a escrever o posfácio de um cordel infantil que está lançando agora em 2021. Há também outros dois escritores e poetas cordelistas contemporâneos cujas obras ligadas à Filosofia muito me inspiram em sala de aula: o paraibano Medeiros Braga e o potiguar Lindoaldo Campos.

Jarid Arraes, uma cordelista cearense dos tempos atuais, engajada na luta contra o silenciamento e invisibilidade das mulheres negras é também uma de minhas fontes de inspiração.     

12 - AL: Quais são os seus próximos projetos literários?

R: JOSIVALDO: Tenho vários projetos literários em mente e que pretendo que culminem em publicações.

-Finalizar a escrita do livro “Literatura de Cordel: do sertão para a pesquisa acadêmica”, que já está sendo trabalhado em forma de palestras nas turmas de mestrado da UNEMAT;

-Finalizar a escrita de outro livro intitulado “A Literatura de Cordel e os Professores de Literatura: aproximações e distanciamentos”, resultado de meu projeto de pesquisa na Universidade;

-Escrever o v.02 da Coleção Grandes Educadores em Cordel, pois publiquei o v.01 nos anos de 2016 e 2018;

-Continuar o projeto de escrever biografias de pessoas humildes valorizando suas trajetórias de vida. Iniciei esse projeto em 2020 com a publicação de quatro biografias: “Vidas Anônimas, Vidas Exemplares em Poesia de Cordel”;

-Reunir cinco professoras cordelistas que residem no município de Sinop e organizar um livro com suas publicações em cordel;

-Escrever os principais mitos da mitologia grega em Literatura de Cordel. O mito de Prometeu e o mito de Pandora já publiquei em 2020.

- Continuar o incentivo a jovens e adultos a escreverem e encaminha-los à publicação pelo projeto Antologia de Escritores Contemporâneos da Editora Ações Literárias.         

13 - AL: Quais são seus escritores / livros favoritos?

R: JOSIVALDO: Entre os clássicos da Literatura Brasileira meus favoritos são: Mário de Andrade (Livro: Macunaíma- o herói sem nenhum caráter); Graça Aranha (Livro: Canaã); João Cabral de Melo Neto (Livro: Morte e Vida Severina) Entre os contemporâneos: Jô Soares (Livro: O Xangô de Baker Street); Dom Hélder Câmara (todas as suas obras poéticas); Dom Pedro Casaldáliga (Livros: Versos Adversos e Cartas Marcadas); Manoel de Barros (Todas as suas obras, principalmente, “Livro de Pré-Coisas” e “Matéria de Poesia”) e na Literatura Popular, Patativa do Assaré (Livro: Inspiração Nordestina).  

14 - AL: Qual obra sua que você gostaria de destacar?

R: JOSIVALDO: Destaco uma obra que muito me emocionou na pesquisa e na escrita, pois fala sobre a vida de quatro pessoas humildes que jamais imaginaram estar com sua história, ou parte dela registrada em um livro: Dona Jacinta, Seu Merquides, Seu Jonas e Dona Anália. “Vidas Anônimas, Vidas Exemplares em Poesia de Cordel”, obra publicada pela Editora Ações Literárias em 2020.

15 – AL: O que você acha que mudou no seu processo de escrita ao longo dos anos? O que você diria a si mesmo se pudesse voltar à escrita de seus primeiros textos?

R: JOSIVALDO: Ao longo dos anos eu me capacitei, estudei muito, pesquisei muito e meus objetivos em relação à Literatura de Cordel ficaram mais explícitos e definidos; e a minha escrita acompanhou essa evolução. Uma escrita nunca está pronta, ela está sempre em transformação. Se eu pudesse voltar à escrita dos meus primeiros textos literários eu diria a mim mesmo que continuasse da mesma forma que iniciei, pois foi dessa forma que eu fui me construindo, me aprimorando e cheguei aonde estou. Minha escrita de antes foi o reflexo de minha maturidade da época. Minha escrita de hoje, reflete minha maturidade atual.

16 - AL: Qual dica você deixaria para escritores iniciantes, com base em suas próprias experiências?

R: JOSIVALDO: Que escrevam tudo o que lhes vier à cabeça, não se preocupem se é certo ou errado, bonito ou feio. Escrevam. Deixem a imaginação fluir. Cada um descobrirá seu estilo literário somente exercitando a escrita. Outra dica: Leiam muito. Quem não lê, não escreve. Escrevam e depois acharão momentos para lapidar a escrita.    

 

 

 

 

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