Divagado amor
Cantando talvez poderia infiltrar nas
ondas sonoras dos seus pensamentos
Calando os seus dispersos gritos nas
profundidades dos seus sentidos
Indo e voltando do infinito como ecos
que traduzem segredos dos precipícios
Como a lamúria propagada dos meus
tristes e tácitos versos!
Gostaria de poder prender o vento
que embaraça meus brancos cabelos
De poder pegar a água e esmagá-la,
aconchegá-la entre meus dedos
E com um movimento parar o tempo
que voa em velocidade barbara
Só assim atravessaria o vasto abismo
emocional que ainda nos separa!
Talvez a fina neblina seja atravessada
pelos raios solares
Formando o mais perfeito de todos os
arco-íris da natureza
Revelando sua existência através
de suas lindas cores
Fortalecendo os seus primores com
todas as suas belezas!
Quem sabe assim caia uma lágrima do
teu chorar
E que esta frágil gota imunda o nosso
mar
Apagando as mágoas do seu triste
penar
Também as faíscas que insistem em
queimar
O pouquinho que sobrou do nosso
divagado amor!
Edbento
Comentários
Que inspiração, poeta! Seu poema são lágrimas de um amor que chora pelo que dele restou!
Égamo | 01/05/2024 ás 22:11 Responder Comentários