O toque da corneta
Em marcha, caminhamos em linha reta pelas colinas.
Por trás de trilhas desconhecidas, cheias de breu e armadilhas.
Somos cegos e surdos perante a missão, somos mudos sem reclamação e determinados por paixão.
E quando a chuva vem, derrubando nossos barracões, estamos ausentes, ajudando gente, que sofre na enchente
Foi a árdua promessa, de viver sem razão, movidos por uma emoção, que cobra coragem e retidão
E quanto falhamos, dispersos ou distraídos, desviados por outros objetivos, não há perdão, somos ouvidos em juízo
Mas as normas desse jogo, indecente e sem troco, cobra as regras do juramento, e se acaso houver tombamento, tiros ouviremos, no seu sepultamento.
E assim a vida passa lenta e rotineira, ao som do pendão e da trombeta, fardas engomadas, sapatos espelhados, prancheta e caneta, esperando atento, por mais um toque de corneta.
ADAILTON LIMA
Comentários
Um poema que exalta as hostes militares. Parabéns!
Égamo | 30/04/2024 ás 13:04 Responder Comentários