O Toque da Corneta

Poemas | ADAILTON LIMA
Publicado em 29 de Abril de 2024 ás 21h 59min

O toque da corneta 

 

Em marcha, caminhamos em linha reta pelas colinas.

Por trás de trilhas desconhecidas, cheias de breu e armadilhas.

 

Somos cegos e surdos perante a missão, somos mudos sem reclamação e determinados por paixão.

 

E quando a chuva vem, derrubando nossos barracões, estamos ausentes, ajudando gente, que sofre na enchente 

 

Foi a árdua promessa, de viver sem razão, movidos por uma emoção, que cobra coragem e retidão

 

E quanto falhamos, dispersos ou distraídos, desviados por outros objetivos, não há perdão, somos ouvidos em juízo

 

Mas as normas desse jogo, indecente e sem troco, cobra as regras do juramento, e se acaso houver tombamento, tiros ouviremos, no seu sepultamento.

 

E assim a vida passa lenta e rotineira, ao som do pendão e da trombeta, fardas engomadas, sapatos espelhados, prancheta e caneta, esperando atento, por mais um toque de corneta.

 

ADAILTON LIMA

Comentários

Um poema que exalta as hostes militares. Parabéns!

Égamo | 30/04/2024 ás 13:04 Responder Comentários
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