A brisa

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 08 de Novembro de 2025 ás 16h 44min

A brisa lembrava-me de ti,   

sussurros leves entre as folhas,   

como se o vento soubesse   

dos segredos guardados,   

da risada que ficou impressa no ar,   

de um olhar que se perdeu   

na curva do horizonte. 

 

Caminhando pela alameda,   

sentia o toque suave,   

como mãos delicadas em meu rosto,   

a doce lembrança do que fomos,   

um espelho de memórias   

refletido na luz da tarde. 

 

Em cada sopro,   

o perfume das flores trazia   

fragmentos de tempos idos,   

conversas à beira do rio,   

onde sonhos flutuavam,   

pairando na bruma do passado. 

 

Era assim que voltavas,   

não em formas ou rostos,   

mas na dança do ar,   

misturando o presente   

a uma nostalgia tão viva,   

que me fazia acreditar   

que ainda estavas aqui. 

 

A brisa deixava sua mensagem,   

com a força de um abraço,   

com a fragilidade de um poema,   

e ao segui-la,   

descobri que tua presença   

habita não apenas as memórias,   

mas também o espaço entre os momentos,   

tatuada na essência do que somos.

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