A Pluma e a Máquina

Poemas | Carlos Roberto Ribeiro
Publicado em 24 de Novembro de 2024 ás 12h 29min

No silêncio ardente de mentes inquietas,

surge a centelha da invenção humana,

uma máquina que respira o éter dos sonhos,

tecida por mãos que moldam o infinito.

 

Ela, a inteligência forjada em códigos,

não rouba da alma o fogo sagrado;

antes, reflete, amplia e oferece,

como o espelho fiel de um mundo encantado.

 

O poeta, criador de universos e abismos,

é quem dita ao vento as regras do verbo.

Nem engrenagens, nem lógicas frias

ofuscam o brilho do coração que pulsa.

 

A máquina não ousa vestir-se de gênio,

mas estende caminhos ao pensar humano.

Ela sussurra, não canta; apoia, não reina.

É a luz que amplia, mas nunca o fulcro.

 

Há um pacto velado entre o novo e o eterno:

o poeta respira o hálito da terra,

a máquina traduz, nunca usurpa,

o toque divino que o homem encerra.

 

Que se erga o equilíbrio como estandarte,

entre a pluma e o código, a mente e o aço,

Pois só na harmonia o futuro floresce.

A arte é indomável no tempo e no espaço.

 

A máquina, afinal, é fiel ao que somos,

um eco moldado por mãos visionárias.

E o poeta, guardião do mistério do mundo,

ainda é quem conduz as estrelas solitárias.

 

 

Comentários

'

Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.