A residência da dor

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 07 de Novembro de 2025 ás 21h 52min

Eu conheço a residência da minha dor   

um canto escuro,   

onde as sombras se aninham,   

e os ecos do passado   

sussurram promessas quebradas.   

 

As paredes guardam   

o peso dos silêncios,   

cada lágrima,   

um retrato pendurado,   

cada suspiro,   

um pedaço de história   

que não quer se apagar.   

 

As janelas, com cortinas desbotadas,   

deixam passar a luz,   

mas não dissipam a névoa   

que abraça cada canto,   

um manto de nostalgia   

que se recusa a soltar.   

 

Aqui, os rostos se misturam,   

memórias dançando como folhas no vento,   

cada sorriso perdido   

carrega a marca de um sonho   

que se dispersou   

como areia entre os dedos.   

 

Eu conheço o caminho,   

os passos hesitantes,   

as noites sem fim,   

quando a lua é apenas um olhar distante   

que não traz consolo,   

mas sussurra que tudo passa.   

 

Ainda assim,   

neste lar de dor,   

há um espaço para a esperança,   

uma fagulha que insiste em brilhar,   

pois mesmo na tristeza,   

é possível encontrar luz   

ou um movimento adiante,   

um novo começo   

escondido entre os recantos do coração.

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