A Última Gota
Sobre o reflexo trêmulo
Da água da piscina eu chorei
Virou chuvisco, virou sereno
As lágrimas que derramei
Misturaram com seu veneno!
Nem com sol e o vento
A chuva de lágrimas termina
Só quando encher a piscina
E os pingos desta chuva
Misturarem com meu pranto!
Canto e choro e choro e canto
Envenenado com meu pranto
Será que é assim que termina?
Será esta minha própria sina
Morrer sem o seu encanto!
Talvez a água me leve,
Ou o veneno me consuma.
Mas antes que a vida se esvaia,
Quero sentir a brisa, a espuma,
Um último sopro que me acalme.
Edbento