Estou caçando por ti no aconchego
Dos meus esconderijos,
Tateando as memórias, as lembranças
Que hoje ainda vivo.
Não é á toa que renunciei as minhas
Vontades,
Para viver um amor sertanejo
Com a moça da cidade!
O café da manhã de todos os dias
Era o namoro no curral próximo
A estrebaria.
Como bolo recheado com mel
Saboreei o gosto dos teus beijinhos,
E assim num galope louco abracei
Todo teu corpo a margem longe
De um riacho!
Tantas noites deparamos com a
Luminosidade da lua,
Ouvindo várias canções como a
"deusa da minha rua".
As estrelas batiam palma a cada
A cada suspiro mais quente,
E pendurado na parede, o retrato
De família e de nossa gente!
O aroma de café torrado invadia
Cada cômodo,
A cadeira de balanço da vovô
Continua ainda quebrado.
Roupa de couro, aparelhos nos dentes,
E o celular pendurado,
Para viver um amor sertanejo
Como um peão acaipirado!
Livro: Mar de Poesias