APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA CULTURA MAKER: MEDIAÇÃO TECNOLÓGICA NA EDUCAÇÃO
Capítulos de livros | Liliane Inácia da SilvaPublicado em 15 de Agosto de 2025 ás 21h 00min
Introdução
Mediante as mudanças e as transformações constantes ocorridas na sociedade, a escola também passa por metamorfoses. Dessa forma, os profissionais da educação e os estudantes sentem a necessidade de se atualizar continuamente, tendo como mediadora a filosofia da Cultura Digital, por meio da influência do pensamento e das sensações, como atos criativos no processo de emancipação da pessoa em processo de escolarização. Crianças e adolescentes, imersos na Cultura Digital, aprendem de diversas formas. Mediadas pelas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) e inter-relacionadas com as metodologias ativas mobilizadoras de aprendizagens, estas colocam cada estudante como protagonistas de seus processos de formação, nos quais se tornam fabricantes, construtores, reparadores e designers de objetos dos mais variados tipos e com diversas funções. Moran (2017) considera que muitas escolas conseguem acolher e valorizar seus estudantes, estimulando-os para que aprendam. Todavia, há outras que ainda ensinam de forma burocrática, desestimulante e ultrapassada. Para o autor, “As sociedades mais
dinâmicas são as que incentivam a colaboração, o empreendedorismo e a criatividade” (MORAN, 2017, p. 65). Em tempos de mudanças na Educação mediadas pelas tecnologias e a Cultura Digital, o surgimento de novas metodologias de ensino e aprendizagem baseadas no desenvolvimento da autonomia e no protagonismo dos estudantes, destaca-se o Movimento Maker ou Cultura Maker. Também conhecido como “mão na massa” ou “faça você mesmo”, esse movimento cresceu significativamente com escolas investindo em aulas de robótica, laboratórios makers e em atividades
práticas, elaborando com os estudantes os mais variados projetos. O Movimento Maker ou Cultura Maker na escola promove uma abordagem centrada no aprender a fazer, no desenvolvimento de projetos e na resolução de problemas. Portanto, as diferentes ferramentas digitais em ascensão tornam-se instrumentos aliados dessa metodologia, que coloca o estudante como desenvolvedor e
criador de conteúdo e de conhecimentos técnicos, científicos e tecnológicos, como também facilita a aprendizagem colaborativa, incentivando os educandos a trabalharem em conjunto. Nesta perspectiva, muitas são as práticas desenvolvidas em conjunto por professores e estudantes na Cultura Maker, com o intuito de ressignificar a ação docente e o ensino e a aprendizagem de crianças, jovens, adultos e idosos na Cultura Digital, a fim de torná-los autores/autoras nesse processo. A partir disso, elegeu-se como questão norteadora: quais as práticas educativas materializadas em artigos científicos que fazem parte do Movimento Maker ou Cultura Maker?
O objetivo deste trabalho foi investigar, em produções científicas nacionais, práticas docentes relacionadas à Cultura Maker de 2020 a 2022, para conhecer e oportunizar aos leitores e aos estudantes as principais características dessa metodologia e os mais importantes
entraves para tal prática educacional no contexto atual. Como referencial teórico de análise, foram escolhidos textos de autores como Moran (2017), Mattar (2017), Ferreira e Mill (2021), Blikestein, Valente e Moura (2020), dentre outros. A investigação está dividida em 6 partes: 1) considerações iniciais: apresenta a problemática, o objetivo e a justificativa; 2) fundamentação temática; 3) procedimentos metodológicos; 4) os resultados e discussões; 5) as considerações finais do trabalho.
Comentários
É necessário, para os dias atuais que todo aprendizado seja motivador. Para tanto é necessário que o instrutor esteja capacitado!
Lorde Égamo | 15/08/2025 ás 22:45 Responder Comentários