Até quando ó meu Deus?
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 07 de Novembro de 2025 ás 17h 41min
Até quando, ó meu Deus,
essa angústia atormentará a minha alma?
Nos labirintos da mente,
ecoam gritos mudos,
perdidos em sombras frias,
como folhas secas levadas pelo vento.
Dias se arrastam,
corações se despedaçam,
e o sol, gentil,
parece mais longe a cada amanhecer.
Olho para o céu,
procurando respostas nas nuvens,
mas tudo que encontro é o silêncio
que pesa em meu peito,
um peso que não cessa,
que me lembra das lágrimas sussurradas,
dos sonhos que se tornaram cinzas
nas chamas de uma esperança que vacila.
Ó meu Deus, onde está a luz
que prometeu iluminar meu caminho?
As estrelas piscam distante,
como se rissessem da minha dor,
mas a noite traz consigo também
a realidade de um novo amanhecer.
Às vezes, sou apenas um ser humano,
navegando por mares turbulentos,
sem mapa, sem bússola,
mas com a fé que persiste,
como uma chama que não se apaga,
esperando, ainda, tua resposta.
Até quando, ó meu Deus?
Que a angústia encontre seu fim,
que minha alma descubra a paz
nas pequenas coisas,
no canto dos pássaros,
no cheiro da terra molhada,
em cada passo adiante,
que vem com a promessa de um novo dia.