Aurora
Saga de tempos misturados
Por razões que já não vem ao caso
Talvez seja do acaso
O segredo da poesia
Fico surpreso com o que ela tem a dizer
Quando passar a febre
Seja Lobo como Antunes
Romântico como Negreiros
E sereno como Pessoa
Excerto de uma vanguarda ainda à saber
Mais uma Primavera entre sóis
Vós guardeis estes retalhos de cetim
Sobre vozes de um silêncio crônico
Que memórias tão ternurentas!
Já pouco sobra destes olhos a arder
Num horizonte de cinzas
Murmúrio de uma esperança de linhos e lenhas
Vestida de curvas de um desejo qualquer
Ainda vi o cheiro
E o beijo de um sorriso
Na face da Florbela
De tudo aquilo que a melancolia faz dizer
Tão diferente esse olhar
A cintilar os monges de outros Tibetes
Céu e mar farrejam
O paradeiro destes Ferreiras
Entre sussurros de próprios enredos
Que já falam de amor e um novo amanhecer.
Comentários
Um belo versar, juntando lendas da literatura e poesia, levando-nos a reflexão!
Lorde Égamo | 19/09/2025 ás 14:10 Responder Comentários