Brevê outono

Outono | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 11 de Dezembro de 2025 ás 11h 12min

Um dia, 

o outono chegará silencioso, 

pintando de ocre e sépia 

o jardim da minha alma. 

 

Folhas caídas, 

memórias flutuando ao vento, 

dançando a melodia do que foi, 

do que poderia ter sido. 

 

Rostos amados, 

risos distantes, 

abraços que se desvanecem 

na névoa da saudade. 

 

E tudo se transformará 

em lembranças douradas, 

tesouros guardados a sete chaves, 

no cofre do coração. 

 

Uma saudade eterna, 

um rio caudaloso 

que corre sem cessar, 

alimentado pelas lágrimas do tempo. 

 

Um vazio que se alastra, 

um eco persistente, 

a ausência gritando em silêncio, 

na vastidão da alma outonal. 

 

Mas mesmo na melancolia, 

haverá beleza, 

na contemplação do que se viveu, 

na gratidão pelo amor que existiu. 

 

E mesmo que o outono persista, 

a esperança renascerá, 

como a semente adormecida, 

aguardando a primavera.

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