Brincadeira de menina mulher
Contos | 2025 - Maria Clara Flor e Convidados - Ondas de Poesia | Keila Rackel TavaresPublicado em 20 de Setembro de 2025 ás 09h 22min
Ana Carolina tinha somente doze anos, era uma simples menina, com costumes de criança, mas tinha já um corpo e porte de mulher, mais como as suas regras ainda não haviam chegado e nem parecia que viria tão cedo, por mais que o seu corpo e hormônios fossem mudando a cada novo amanhecer, ela se recusava em crescer, em começar a mudar os seus modos, como parar de correr com os meninos atrás de bola, brincar de esconder, pega, pega, e principalmente o tão amado banho de chuva que deixava o vestido transparente e demarcava as formas que Ana Carolina se recusava a aceitar que estava pouco a pouco fazendo o seu papel.
Sim, finalmente sim!
Ela agora tinha vergonha, não era mais tão solta, as regras chegaram e com ela a consciência da sua diferença e de que agora havia de ter mais prudência e não brincar de esconder, de pega, ou tomar aquele famoso banho de chuva de vestido, agora o banho de chuva só de biquíni e isso tirava toda graça, pois até botar o biquíni para poder aí sim se banhar a chuva boa, a primeira, aquela bem forte já havia passado e com ela toda a graça e festa!
Então ela começou a encontrar novos robies, eram agora, flores, perfumes, espelhos, jóias, acessórios e maquiagem.
E foi assim: "Enfim percebeu que o tempo passa e traz consigo as suas marcar e demarcações"...