Choro silêncioso
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 08 de Novembro de 2025 ás 09h 43min
Então era aqui que tu se escondida?
Enquanto eu chorava no silêncio da noite,
as estrelas eram testemunhas,
os murmúrios do vento, ecos tácitos
de um amor perdido em sombras.
Caminhei entre os sussurros,
as árvores guardavam segredos,
os sonhos despedaçados entre suas raízes,
e eu, um estranho entre as brumas,
chamei teu nome,
mas a noite se fechou como um livro,
perdendo suas páginas.
Teus olhos, onde a luz se escondia,
reflexos de um sol que se pôs
antes da hora combinada.
Em cada lágrima, uma saudade,
em cada silêncio, uma ausência
que ressoava, interminável.
Era aqui que tu se ocultavas,
na penumbra deste espaço,
onde as lembranças dançam,
os sorrisos se desfazem em névoa
e o tempo, esse ladrão,
rouba o que somos.
Ainda escuto o eco dos teus passos,
como um sussurro na brisa,
um perfume que se esvai,
mas aqui eu permaneço,
entre a luz do dia e as sombras da noite,
esperando que o amanhecer
traga de volta o que se perdeu.