Choro triste
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 08 de Novembro de 2025 ás 12h 54min
No pátio da infância,
brincadeiras e risadas,
mas também ecos de um choro,
aquele lamento suave,
que se esconde nas sombras,
como um segredo guardado
por entre os brinquedos quebrados.
As manhãs eram cheias de sol,
mas havia nuvens,
de tristeza, de não entendimento,
o gosto da perda
como sabor de fruta madura,
que cai antes de se abrir.
Os sorrisos,
chapéus de palha estampados,
mas por trás,
um olhar que busca o que não foi,
um amigo que se foi,
ou um sonho que não se cumpriu.
As risadas se misturavam
com lembranças de avós,
deitados na grama,
contando histórias de magia,
mas também havia a angústia,
o receio de esquecer
o calor dos abraços.
Crianças dançando sob a chuva,
mas entre passos,
o choro triste,
um fio invisível,
ligando os momentos,
como raízes que se entrelaçam
no silêncio da memória.
Assim seguimos,
crescendo entre risos e lágrimas,
aprendendo que a tristeza
é parte do todo,
um choro que ensina,
um eco que faz ecoar,
no coração infantil
um lugar sagrado.