Cravo e Canela sou Gabriela.
Desenvolvimento pessoal | Arraiá das letras - Família Literária 2025 | Keila Rackel TavaresPublicado em 29 de Junho de 2025 ás 12h 52min
A análise do conto "Cravo e Canela", de Jorge Amado, é muito interessante e pertinente. A personagem Gabriela é uma mulher idealizada pelo escritor, que foi um retrato distorcido da sociedade da época, que via a mulher como um objeto. Mas será que essa ainda é nossa realidade?
Gabriela era uma menina em corpo de mulher, um misto de ingenuidade, beleza e sedução. Ela fazia com perfeição todos os trabalhos de cozinheira. No entanto, seu patrão Nacib despertou por ela uma louca paixão. Ela era dele, sua posse, e ninguém podia admirá-la ou sequer tocar sua mão. Afinal, ela era dele, só dele e de ninguém mais.
A justificativa de ciúmes para matar a mulher amada é um tema que ainda é relevante hoje em dia. A possessividade e o controle sobre a parceira são comportamentos que podem levar à violência doméstica e feminicídio.
Embora a sociedade tenha mudado muito desde a época em que o conto foi escrito, ainda há muito trabalho a ser feito para alcançar a igualdade de gênero e combater a violência contra as mulheres. A objetificação da mulher e a possessividade ainda são vistas com naturalidade em muitas sociedades.
Essa análise é um convite à reflexão e conscientização sobre a forma como a sociedade trata as mulheres. É importante reconhecer que a igualdade de gênero é um direito humano fundamental e que a violência contra as mulheres é um problema grave que precisa ser combatido.
No geral, o conto "Cravo e Canela" é uma obra que nos faz refletir sobre a sociedade e a forma como tratamos as mulheres, e é um lembrete de que ainda há muito trabalho a ser feito para alcançar a igualdade de gênero para o sexo feminino.