Doce luar
Pensamentos | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 31 de Outubro de 2025 ás 16h 46min
Ó lua, fulgor de brilho sereno,
Tu que enfeitas a noite com teu véu,
Teus raios dançam, como um canto ameno,
Nas cantigas suaves que vêm do céu.
Nos campos e vales, a brisa suspira,
Os frondosos salgueiros te saúdam,
As flores noturnas, em doce delira,
Lançam perfumes que os ares inundam.
Ó lua, guardiã dos amores escondidos,
Teus reflexos, como promessas sutis,
No olhar dos apaixonados, são sentidos,
E em cada suspiro, revelas seus risos.
Vagas pela copa das árvores altas,
Teu manto de prata cobre o amanhecer,
Em tuas artérias, a música exalta
Os sonhos que a noite se atreve a tecer.
As ondas do mar, ao teu pé se esbaldam,
Cantigas ao luar, onde as vozes ecoam,
As canções do mundo, a tua luz embaldam,
E com doces notas, nos corações_ão.
Ó lua, eterna, com face tão pura,
Tu nos guardas segredos de tempos passados,
E entre as sombras suaves da tua ternura,
Olhos se encontram, em gestos encantados.
A madrugada, com seu véu de esperança,
Acolhe as canções que a noite deixou,
E em cada estrofe, em cada lança,
O amor se revela, qual mar que não acabou.
Entre os doces acordes de violinos suaves,
E o murmúrio das folhas à brisa leve,
Tua presença, ó lua, é o que nos agraves,
A teia do céu que eternamente se atreve.
Ó luzeiro claro, farol dos perdidos,
Sem ti, a noite seria um luto sem fim,
Mas contigo, cantigas, em encantos tecidos,
Ressoam nos corações, como um doce violim.
Assim, em cada verso, em cada lamento,
Celebramos teu brilho, a magia do amar,
Ó lua, em ti encontramos o sentimento
Que nos une, que nos faz sonhar.