Doce Refúgio
Ah, a infância, meu eterno refúgio,
A fase mais doce, o tempo de encanto e alegria.
Se eu pudesse, queria para lá voltar,
Para mais uma vez a mão da minha mãe segurar.
Lembro-me dos dias de sol,
Das brincadeiras sem hora para acabar,
Do riso solto, da inocência no olhar,
Um tempo em que o mundo era só meu,
perdida em pensamentos eu vivia a sonhar.
A casa cheirava a bolo e a afeto,
O colo da mãe era o lugar mais perfeito.
Cada história contada, um segredo guardado,
Um amor puro, que me deixava encantada.
Mas o tempo, esse ladrão sorrateiro,
Levou consigo os dias de outrora.
E hoje, com a vida adulta e seus receios,
Anseio por aquele toque, por aquela aurora.
Queria sentir novamente o calor da mão da minha mãe,
Guiando meus passos incertos, com terna devoção.
Ouvir sua voz suave, acalmando toda minha aflição,
Queria voltar a ser criança para não sofrer com a solidão.
A infância se foi, como o sol ao entardecer,
E a saudade permanece, em cada amanhecer.
Se um dia a vida me der a chance
de um só momento reviver,
já sei bom que quero fazer:
Quero voltar para a minha infância,
para mais uma vez a mão da minha mãe segurar,
para mais uma vez a voz dela ouvir,
para mais uma vez dizer a ela:
" eu te amo.”