Doces sonhos de infância
A beira da profunda lagoa, ecoam
Os mais variados e perfeitos sonidos
Jacarés, rãs, sapos e as pererecas
Libélulas, borboletas, o cri, cri dos grilos
Também as mais lindas marrecas
Em algazarras e seus cantos estampidos!
O tamborilar do pica-pau na galha dura
Se exibindo para conquistar sua amada
Enquanto o martim-pescador mergulha
Pescando o mais lindo peixe-espada
A sucuri serpenteia e desce a barranca
Vendo beber água, uma displicente anta!
O barquinho abandonado e atracado
Remete lembranças do meu passado
Enquanto a vitória régia admira a lua
Na romântica noite que vai caindo
seminua!
Quando chega o limiar da madrugada
A névoa clara passeia pela flor d’água
A neblina dissipando segue nova rota
E eu voltando a um passado que me
transporta!
E pensar que vivi aqui este extasio
Onde o sol nasce e faz amor com o rio
E a lua regozija, apraz em sentimentos
E o meu peito é só saudades dos doces
momentos!
Edbento
Comentários
Que narração mais bela, poeta, reviver, relembrar os doces sonhos da infância! Naqueles tempos havia muita coisa boa brotada da mãe natureza para que hoje pudéssemos relembrar. Não sei dizer o que os infantes de hoje reviverão dias vindouros! Parabéns!
Égamo | 27/04/2024 ás 12:15 Responder Comentários