Ele chorava estrelas no céu

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 04 de Novembro de 2025 ás 09h 22min

Ele chorava estrelas no céu, enquanto   

a brisa suave dançava em seu cabelo,   

losangos de luz eram seu véu,   

e a noite escutava seu lamento singelo.   

 

As constelações, testemunhas do pranto,   

brilhavam como se quisessem entender,   

por que seu coração, tão cheio de encanto,   

dessa maneira, se deixava correr.   

 

Oh, lágrimas de prata, tão raras e puras,   

cada gota um sonho que se desfez,   

histórias de amores, promessas seguras,   

neste vasto espaço que agora ela o fez.   

 

Os planetas, curiosos, pararam em volta,   

sabendo que todo o universo é um só,   

e a lua, brilhante, com sua face revolta,   

podia sentir a tristeza que ela pôs em sua voz.   

 

As estrelas, sempre a brilhar,   

como se dançassem em sua dor,   

num valsar eterno, ao ver e escutar,   

cada nota de amor e de profundo temor.   

 

Ah, o que seria desse céu sem ela,   

sem o brilho que em lágrimas há,   

sem a canção que a alma revela,   

na escuridão que a existe em seu lar.   

 

Mas mesmo em pranto, havia beleza,   

um eco de luz que não se vai,   

pois cada lágrima traz uma certeza:   

o amor que se perde, no céu, nunca cai.   

 

Assim, ele chorava estrelas no céu, enquanto   

o mundo lá embaixo seguia a girar,   

no compasso dos sonhos, um eterno encantamento,   

que o tempo não apaga, que sabe amar.   

 

Que as estrelas, ao caírem, sejam faróis,   

guiem seu caminho em noites sem fim,   

e que a dor que agora se faz em nós,   

se transforme em luz, em um doce jardim.   

 

Oh, musa da noite, sempre tão bela,   

que seu canto forte possa ecoar,   

numa sinfonia que abrace a Terra,   

e faça das lágrimas, um novo lar.

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