Ele chorou
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 04 de Dezembro de 2025 ás 21h 56min
Ontem ele chorou no colo das estrelas.
Lágrimas salgadas,
deslizando em poeira cósmica,
um rio silencioso na vastidão escura.
O peito oprimido,
palavras presas na garganta,
um nó apertado desfeito em soluços.
As estrelas, testemunhas antigas,
pontos de luz tremeluzindo em empatia,
oferecendo um ombro frio e distante.
Ele, pequeno e vulnerável,
entregando sua dor ao firmamento,
buscando consolo no infinito.
O vento sussurrava segredos ancestrais,
promessas de cura, de renascimento,
enquanto a lua o banhava em prata.
A dor, um fardo pesado,
aliviada pelo choro libertador,
lavada pelas ondas de luz estelar.
No colo das estrelas,
ele encontrou um refúgio,
um lugar para se desfazer e renascer.
A aurora, tímida,
anunciou um novo dia,
um recomeço tingido de esperança.