Meu amor, compreendi que te escrevo
Não por ti, mas por mim, por minha alma
Tu foste ponto, eu segui em vírgulas
Remendando silêncio com palavras
Não me escutas, mas ainda me lês
Em cada verso que nasce da ausência
Teu nome virou palavra secreta
Que abre portas no meu próprio peito
Não é mais dor o que me move agora
É o encanto de amar sem aprisionar
Transformei saudade em disciplina
E a espera em arte cotidiana
O amor, por si, tornou-se linguagem
E tua ausência, papel para escrever
Não peço volta, nem mais explicações
Só sigo sendo verso do que fomos
Com poesia pulsante, Eulália. 12 de junho de 2025