Meu bem, não me esqueço do que foste
Mas já não te lembro com tristeza
Agora és lembrança delicada
Como um perfume guardado na alma
O amor, em mim, deixou de ser fome
E virou pão partilhado em silêncio
Já não me desespero ao teu retrato
Nem fecho os olhos pra não te ver
Tu és memória pacificada
E verso que me consola a voz
Se antes fui espera dolorida
Hoje sou caminho que se acolhe
A ausência deixou de ser ferida
E virou traço firme de quem sou
Te amei com verdade e sem medida
Agora te escrevo com serenidade
Com paz reencontrada, Eulália. 12 de junho de 2025
