Epistolírica nº 57

Epistolírica | Dolores Flor
Publicado em 01 de Agosto de 2025 ás 16h 21min

Querido, és lembrança sem lamento
História que não doeu pra existir
Te guardei em forma de poesia
Para que o tempo não te apagasse
Mas não precisei te aprisionar
Para que permanecesses em mim
A ausência virou minha moldura
E nela, tua imagem floresce calma
O que não vivemos se tornou fonte
Do que em mim cresceu com delicadeza
Se me perguntam por que escrevo tanto
Digo: porque amei com profundidade
E o amor, quando real, vira poema
Mesmo sem rima, mesmo sem final
Te agradeço por ter sido vento
Que bagunçou e também me ensinou
Com gratidão silenciosa, Eulália. 14 de junho de 2025

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