Eu a voz medonha

Pensamentos | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 10 de Dezembro de 2025 ás 11h 28min

Eu sou a voz medonha, 

ecoando em vastidões de areia, 

um lamento rouco 

perdido na imensidão. 

 

O sol causticante 

beija a miragem, 

e a sede rasga 

a garganta da alma. 

 

Clamo, 

um grito primal, 

um uivo solitário 

contra o silêncio implacável. 

 

Por ti, 

estrela distante, 

brilho tênue 

na noite desértica. 

 

Em seus olhos, 

um oásis secreto, 

a promessa de água fresca, 

a miragem da salvação. 

 

Busco, 

rastreando pegadas invisíveis, 

seguindo o farfalhar do vento, 

a esperança tênue 

de te encontrar. 

 

A voz medonha 

se torna súplica, 

um chamado desesperado, 

em busca do amor, 

do reflexo do paraíso 

em seus olhos.

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