FESTA JUNINA
Como é sublime lembrar
Nosso tempo de criança
Na roça tudo era alegria
Repleto de amore esperança
E quando o inverno chegava
Ali tristeza não havia
Aquele dia estava lindo
O sol o mundo colorindo
No céu nuvens não havia
Por onde quer que se olhasse
Só alegria se espalhava
Tudo era encanto e magia
Da área da nossa casa
Encantando nossos olhos
Um enorme espaço havia
Tão lindo, tão exuberante...
Parecendo naquele instante
Que o mundo para nós sorria.
Era junho que chegava
E todos se preparavam
Para grande festa fazer
S. Antônio, S. Pedro e S. João
Lá do céu em união
Sorriam sem nada dizer
No terreiro grande fogueira
Para iluminar a espaço
O fogo nela crepitava
Com todo zelo e cuidado
Muito bem monitorado
A criançada brincava
Santo Antônio era o primeiro
O Santo casamenteiro
A ser homenageado
Grande multidão de gente
Sanfoneiro abria o fole
E o forró era começado
Ali tudo era alegria
Aos participantes serviam
Batata doce, pipoca, pinhão,
Amendoim, paçoquinha...
E para esquentar o frio
Era servido o quentão
O terço era iniciado
E todos participavam
Com muita fé e devoção
Entre um mistério e outro
Era costume da época
O espocar de um rojão
Depois do terço a sanfona
Já começava a tocar
Era aquele corre, corre
Todos queriam dançar
E muitos pulavam fogueira
Par comadres se tornar.
Assim dizendo: S. Antônio disse,
S. João confirmou
Que é pra nos virar comadres
Porque Deus assim mandou.
E com esse juramento
Comadres pra sempre ficou
A quadrilha começava
Em meio a muita alegria
E todos participavam
Com respeito e harmonia.
Fogos no ar espocavam
Clareando a noite fria
Em meio aquela festança
Um casamento sempre havia
Juiz e Padre a postos
O casamento celebraria
Mas, o safado do noivo
Bem sorrateiro fugia.
O pai da noiva zangado
O noivo queria matar
A noiva desesperada
Logo se punha a chorar
Mas logo traziam o noivo
Para o casamento celebrar
Também tinha o pau de cebo
Já muito bem-preparado
Pra quem conseguisse subir
Só se ouvia gargalhadas
Pois todos os que tentavam
Só conseguiam cair.
E todos que participava
A eles nada faltava
Em meio aquela alegria
Comida e bebida a vontade
Tudo bem-organizado
Tristeza ali não havia.
Quando a festa terminava
Todos pra casa voltavam
O Sol já alto seguia
Prometendo firmemente
Que: pra S. João e S. Pedro
Outras festas eles fariam.
Por isso é que hoje digo
Aquelas festas juninas
Nunca deveria acabar
Foram tempos memoráveis
E, tudo que a gente viveu
Vale a pena recordar.
Poemas 2025 18:28h.
Comentários
"Recordar é viver"! Vivamos um pouco das recordações de outrora!
Lorde Égamo | 17/06/2025 ás 10:35 Responder Comentários