FESTA JUNINA

Poemas | Mafalda Moreno
Publicado em 16 de Junho de 2025 ás 20h 20min

FESTA JUNINA

 

Como é sublime lembrar

Nosso tempo de criança

Na roça tudo era alegria

Repleto de amore esperança

E quando o inverno chegava

Ali tristeza não havia

 

Aquele dia estava lindo

O sol o mundo colorindo

No céu nuvens não havia

Por onde quer que se olhasse

Só alegria se espalhava

Tudo era encanto e magia

 

Da área da nossa casa

Encantando nossos olhos

Um enorme espaço havia

Tão lindo, tão exuberante...

Parecendo naquele instante

Que o mundo para nós sorria.

 

Era junho que chegava

E todos se preparavam

Para grande festa fazer

S. Antônio, S. Pedro e S. João

Lá do céu em união

Sorriam sem nada dizer

 

 

No terreiro grande fogueira

Para iluminar a espaço

O fogo nela crepitava

Com todo zelo e cuidado

Muito bem monitorado

A criançada brincava

 

Santo Antônio era o primeiro

O Santo casamenteiro

A ser homenageado

Grande multidão de gente

Sanfoneiro abria o fole

E o forró era começado

 

Ali tudo era alegria

Aos participantes serviam

Batata doce, pipoca, pinhão,

Amendoim, paçoquinha...

E para esquentar o frio

Era servido o quentão

 

O terço era iniciado

E todos participavam

Com muita fé e devoção

Entre um mistério e outro

Era costume da época

O espocar de um rojão

 

Depois do terço a sanfona

Já começava a tocar

Era aquele corre, corre

Todos queriam dançar

E muitos pulavam fogueira

Par comadres se tornar.

 

Assim dizendo: S. Antônio disse,

S. João confirmou

Que é pra nos virar comadres

Porque Deus assim mandou.

E com esse juramento

Comadres pra sempre ficou

 

A quadrilha começava

Em meio a muita alegria

E todos participavam

Com respeito e harmonia.

Fogos no ar espocavam

Clareando a noite fria

 

Em meio aquela festança

Um casamento sempre havia

Juiz e Padre a postos

O casamento celebraria

Mas, o safado do noivo

Bem sorrateiro fugia.

 

O pai da noiva zangado

O noivo queria matar

A noiva desesperada

Logo se punha a chorar

 

 

Mas logo traziam o noivo

Para o casamento celebrar

 

Também tinha o pau de cebo

Já muito bem-preparado

Pra quem conseguisse subir

Só se ouvia gargalhadas

Pois todos os que tentavam

Só conseguiam cair.

 

E todos que participava

A eles nada faltava

Em meio aquela alegria

Comida e bebida a vontade

Tudo bem-organizado

Tristeza ali não havia.

 

Quando a festa terminava

Todos pra casa voltavam

O Sol já alto seguia

Prometendo firmemente

Que: pra S. João e S. Pedro

Outras festas eles fariam.

 

Por isso é que hoje digo

Aquelas festas juninas

Nunca deveria acabar

Foram tempos memoráveis

E, tudo que a gente viveu

Vale a pena recordar.

Poemas 2025 18:28h.

Comentários

"Recordar é viver"! Vivamos um pouco das recordações de outrora!

Lorde Égamo | 17/06/2025 ás 10:35 Responder Comentários

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