Flor de outrora
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 07 de Novembro de 2025 ás 16h 29min
Ó flor de outrora,
tuas pétalas sussurram memórias,
em um campo de dor e de riso,
onde o sol, outrora,
pintava cores em cada manhã.
Teu perfume,
um eco das risadas,
aroma de tardes de chuva,
onde dançávamos sob as gotas,
sem medo do tempo,
sem sombra de despedidas.
Presentes nas estações,
desabrochavas com a primavera,
emoldurando os olhares,
duros como o inverno,
mas suaves como teu toque,
nunca esquecidos,
nunca perdidos.
E agora, no crepúsculo,
teus traços residem,
marcas de um amor
que se perdeu,
mas que ainda vive,
nas páginas amareladas
de um livro esquecendo,
onde o eco do teu nome
reverbera entre as linhas.
Ó flor de outrora,
na saudade que floresce,
teu espírito persiste,
dando vida ao que passou,
sussurrando promessas
da eternidade,
na dança silenciosa
do tempo que não para.