Labirinto da alma

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 18 de Dezembro de 2025 ás 13h 12min

Em que parte de mim, 

a foice fria cortou 

o vinhedo do afeto? 

 

Em qual recanto escuro, 

a sombra da ausência 

sufocou a chama tênue? 

 

Se em cada batida do peito, 

teu eco ressoa, 

sinfonia inacabada, 

 

se em cada suspiro, 

o teu perfume paira, 

fantasma doce e familiar, 

 

se em cada verso que rabisco, 

teu nome se esconde, 

entre as linhas e entrelinhas, 

 

onde, meu amor, 

em qual labirinto da alma, 

me perdi de ti? 

 

Pois tua imagem, 

gravada a fogo na memória, 

não se apaga, não se esvai. 

 

E mesmo tentando, 

com unhas e dentes, 

arrancar-te do ser, 

 

a verdade persiste, 

obstinada e teimosa: 

tu vives em mim. 

 

Então, não te deixei, 

apenas me perdi 

na imensidão de nós.

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