Lágrimas ao vento
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 08 de Novembro de 2025 ás 13h 22min
Lágrimas ao vento
No crepúsculo suave,
as nuvens dançam,
sombras de saudade,
eco de risos perdidos.
Cai uma lágrima,
translúcida,
como um sonho esquecido
na paleta do céu.
Histórias não contadas
flutuam no ar,
sussurros de esperanças
que o tempo levou,
como folhas secas
na dança do outono.
Abracei a brisa,
e ela levou,
minhas tristezas ao longe,
como cartas ao mar,
boias flutuantes
em busca de porto.
E no silêncio da noite
as estrelas escutam,
testemunhas eternas
de um coração pulsante,
onde a dor se dissolve
como névoa ao amanhecer.
Lágrimas ao vento,
um espetáculo de vida,
um renascimento,
pois cada gota
é um passo
em direção ao horizonte,
onde a luz e a sombra
se encontram,
dançando,
mais uma vez.