LAMENTOS DA MÃE TERRA

Poemas | Edson Bento
Publicado em 10 de Maio de 2025 ás 11h 35min

Lamentos da Mãe Terra 

(Ecológico)

  

"Minha amada e arengueira criatura,   

quantas vidas do seu gênero não seriam suficientes   

para começar a entender quão antiga eu sou.   

Sou a terra, o ventre que engole a vida   

e a transforma em pó, em nutrientes, em recomeço;   

sou barro, lama, areia, as águas que cercam,   

o universo sem fim que pulsa sob seus pés. 

  

Sou um agrupamento do mesmo corpúsculo,   

repetido, milhares de vezes, para gerar   

o ciclo eterno da vida no seu próprio existir.   

Com a mesma presteza que me debilita,   

a humanidade deveria se doar gradativamente   

à minha íntegra restauração. 

  

Compreenda que eu sou o lar dos sonhos e das dores,   

o lar das raízes profundas e dos pássaros do céu.   

Com o consenso de que a vida em mim se reabilite,   

mesmo que tenha que se adequar estreitamente   

a um pingo de novas perspectivas. 

  

Abrace as árvores que sussurram histórias antigas;   

entregue-se ao solo que clama por cuidado.   

Seja o jardineiro da esperança, o guardião da Terra,   

porque na sua ação reside o poder da transformação.   

Vamos juntos reescrever este futuro verde e vibrante." 

  

Edbento 

Comentários

Este poema não é apenas brilhante. É uma ótima reflexão!

Lorde Égamo | 11/05/2025 ás 20:20 Responder Comentários

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