Lamentos da Mãe Terra
(Ecológico)
"Minha amada e arengueira criatura,
quantas vidas do seu gênero não seriam suficientes
para começar a entender quão antiga eu sou.
Sou a terra, o ventre que engole a vida
e a transforma em pó, em nutrientes, em recomeço;
sou barro, lama, areia, as águas que cercam,
o universo sem fim que pulsa sob seus pés.
Sou um agrupamento do mesmo corpúsculo,
repetido, milhares de vezes, para gerar
o ciclo eterno da vida no seu próprio existir.
Com a mesma presteza que me debilita,
a humanidade deveria se doar gradativamente
à minha íntegra restauração.
Compreenda que eu sou o lar dos sonhos e das dores,
o lar das raízes profundas e dos pássaros do céu.
Com o consenso de que a vida em mim se reabilite,
mesmo que tenha que se adequar estreitamente
a um pingo de novas perspectivas.
Abrace as árvores que sussurram histórias antigas;
entregue-se ao solo que clama por cuidado.
Seja o jardineiro da esperança, o guardião da Terra,
porque na sua ação reside o poder da transformação.
Vamos juntos reescrever este futuro verde e vibrante."
Edbento
Comentários
Este poema não é apenas brilhante. É uma ótima reflexão!
Lorde Égamo | 11/05/2025 ás 20:20 Responder Comentários