Mar desta vida

Poemas | Otacílio Terra
Publicado em 09 de Junho de 2025 ás 09h 57min

O dia vai, a noite vem, nem prestamos atenção.

Rasteja menino, engatinha que você vai andar.

Enquanto a vida passa prepara o varejão.

Previna se, o barco, não esqueça o remo para remar.

 

Menino remador sábio na intelectualidade,

À sua frente vem a mocidade.

Chega aflorada misturada com ansiedade.

A reflexão aparece nas marés da vaidade,

A marreta do destino vai bater em seu peito.

A velhice a tua espera; você indefeso sem jeito.

 

Assim como os rios corre para o mar,

Menino cheio de vida não pode parar.

Rasteja criança pra engatinhar.

Caminha que o sucesso está pra chegar.

 

Navega nos mares do mundo,

Flutua que você não pode ir ao fundo.

O mar desta vida tem muitos embaraços,

Seja gigante para não tombar diante do fracasso.

 

Como é distante este mar, seu barco vai te levar.

Previna-se, leva seus pertences, não esqueça sua rede.

Leva a vasilha pra matar a sede,

Leva seu rosário, leva o mapa e também o glossário.

 

Não tenha medo de confronto com as frotas,

Arranja amizade com as gaivotas.

Elas orientam seu barco de perto,

Não deixa que toma rumos insertos.

 

Nem que a tempestade invade o roteiro,

Tenha fé em Deus ele está contigo, e te livrarás do perigo.

Navega sem trégua menino marinheiro,

Se a maré seu barco balançar, não fica em desespero.

 

Depois da tormenta é que vem a aragem,

Seu barco retorna ao fim da viagem.

Até que um dia numa tarde amena,

Menino apoiado na praia serena.

 

Menino navegador do passado, de corpo moldado,

Cabelos prateados, rosto enrugado,

Cheio de glória conta sua história.

Remando no mar desta vida cumpriu seu destino

Será um velho? Quem será? É um Menino!...

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