MARCAS
Houve um tempo em minha vida que eu permitia que tudo me atingisse.
Enfrentei fortes tempestades,ventos que uivavam em minha alma.
Fui julgada, criticada, condenada por quem não me conhecia,
E em meio a essa escuridão, abri mão dos meus sonhos,
Da minha liberdade, da minha própria identidade.
Mas a alma, mesmo ferida, guarda uma centelha de força.
Das cinzas do sofrimento, uma nova semente começou a brotar.
Aprendi a erguer o olhar, a encontrar no silêncio a minha voz.
A tempestade passou, e o sol, tímido no início,
Começou a aquecer as feridas, a clarear o caminho.
Encontrei a liberdade não em fugir, mas em aceitar quem eu sou,
Com todas as marcas que a vida deixou.
A alegria voltou, suave como a brisa após a chuva,
E com ela, a redescoberta do amor,
Primeiro por mim mesma, depois pelo mundo que se abre...