Eu me abrigo em ti, ó meu Deus,   

como a flor se fecha ao cair da noite,   

protegida na suavidade do escuro,   

onde os sonhos dançam como sombras,   

e o silêncio é um canto ancestral. 

Te busco nas horas vazias,   

nos ecos do meu coração,   

na brisa que suave toca meu rosto,   

que traz sussurros de promessas,   

daquele que nunca me abandona. 

Nos momentos de dúvida,   

quando o caminho se embrenha em neblina,   

eu sinto tua mão guiar a minha,   

como um farol ao longe,   

brilhando em meio à tempestade. 

Oh, meu Deus, refúgio e abrigo,   

é em tua presença que encontro paz,   

como as ondas que se aquietam   

ao toque da terra,   

sussurrando segredos de eternidade. 

Então eu caminho sobre as águas,   

mesmo quando a maré é alta,   

eu lembro que tu és a rocha,   

a fortaleza onde me instalo,   

onde minhas fraquezas se dissipam. 

Agradeço pelas lições ocultas,   

pelos desafios que moldam meu ser,   

cada lágrima que cai   

se transforma em um arco-íris,   

uma promessa de dias melhores. 

Na solidão da noite profunda,   

eu elevo a voz em adoração,   

cada palavra é uma ponte,   

unindo meu ser à sua essência,   

um laço que nunca se rompe. 

E quando a vida traz suas dores,   

eu me entrego em tuas mãos,   

como a folha que se solta da árvore,   

abraçando o vento, despreocupada,   

sabendo que o solo a acolherá. 

Eu me abrigo em ti, ó meu Deus,   

caminho através do labor do viver,   

sabendo que em cada passo   

existe a graça de um amor imenso,   

uma luz que nunca se apaga. 

E assim, entre as lutas e as vitórias,   

eu danço com a liberdade,   

encontrando em ti o meu destino,   

onde o meu coração bate em harmonia,   

não mais perdido, mas pleno em ti.