Meu Eu que Voltou a Sorrir

Eu fui queda, fui dor sem medida, 

fui sombra da minha própria vida. 

Mas no silêncio que parecia o fim, 

reencontrei a força que existia em mim.

 

Cada lágrima virou solo fértil, 

onde cresceu coragem sutil. 

Meu eu, que já foi só despedida, 

decidiu recomeçar sem ferida. 

 

E no reencontro — não com alguém, mas comigo,

percebi que o amor primeiro é abrigo. 

Depois vieram novos olhos, nova voz, 

alguém que entende meus caos e meus pós.

 

Não foi conto, nem cena de novela, 

foi verdade simples, sem cautela. 

Dois corações que sabiam o valor 

de quem já conheceu a dor.

 

Agora meu eu não finje nem implora, 

ama leve, inteiro — e demora. 

Porque quem já caiu sabe reconhecer 

quando o amor é real e quer permanecer.

Livro: Metade Dita, Metade Sentina : Contos. crônicas, cartas, poemas e confissões que talvez fossem suas.

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