Meu Eu que Voltou a Sorrir
Poemas | Metade Dita, Metade Sentina : Contos. crônicas, cartas, poemas e confissões que talvez fossem suas. | Silvia Dos Santos AlvesPublicado em 21 de Julho de 2025 ás 16h 37min
Meu Eu que Voltou a Sorrir
Eu fui queda, fui dor sem medida,
fui sombra da minha própria vida.
Mas no silêncio que parecia o fim,
reencontrei a força que existia em mim.
Cada lágrima virou solo fértil,
onde cresceu coragem sutil.
Meu eu, que já foi só despedida,
decidiu recomeçar sem ferida.
E no reencontro — não com alguém, mas comigo,
percebi que o amor primeiro é abrigo.
Depois vieram novos olhos, nova voz,
alguém que entende meus caos e meus pós.
Não foi conto, nem cena de novela,
foi verdade simples, sem cautela.
Dois corações que sabiam o valor
de quem já conheceu a dor.
Agora meu eu não finje nem implora,
ama leve, inteiro — e demora.
Porque quem já caiu sabe reconhecer
quando o amor é real e quer permanecer.
Livro: Metade Dita, Metade Sentina : Contos. crônicas, cartas, poemas e confissões que talvez fossem suas.