No despertar da primavera suave,   

O Jardim Encantado se revela,   

Com flores que dançam ao toque do vento,   

E o perfume doce a abrir-se em vida.   

Verdes muitos pintam a paisagem,   

Lá onde o sol se faz amigo fiel,   

Despertando as cores que sonham para   

Contar as histórias das folhas em paz.   

As borboletas, em fuga delicada,   

Deslizam pelo ar, como poemas   

Escritos em cada raio de luz,   

E o canto dos pássaros ecoa alegre,   

Um hino à beleza que floresce aqui,   

Onde a natureza, com graça esplêndida,   

Sussurra segredos em cada botão   

Que se abre, revelando o que é amor.   

As árvores majestosas, guardiãs do tempo,   

Sombream dulcíssimas memórias vivas,   

Sustentam sonhos de seres pequenos   

Que encontram abrigo em seus braços vastos.   

No chão coberto de pétalas caídas,   

Há um tapete que brilha sob os pés,   

Um convite ao coração a sentir   

As delícias do agora em cada passo.   

E conforme a luz do dia se expande,   

Os riachos murmurejam canções de vida,   

Refletindo um céu que embala esperanças,   

Onde nuvens dançam com liberdade.   

Os pequenos insetos, com sua pressa,   

Carregam o néctar das flores em lábios,   

Contribuindo ao ciclo eterno da vida,   

Nos trazendo adornos de amor sincero.   

Assim, nesse espaço de pura magia,   

Onde tudo ressoa em unidade,   

Contempla-se o milagre da criação,   

A primavera em todo seu esplendor,   

E cada alma, ao sentir sua essência,   

Se torna parte do eterno jardim,   

Florescendo, assim como a natureza,   

No ritmo sereno do existir pleno.