O beijo do outono

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 21 de Dezembro de 2025 ás 12h 43min

O outono beijou e matou o nosso amor. 

 Folhas douradas, 

dançando na brisa fria, 

assim como as promessas, 

que fizemos sob o sol quente, 

de um verão distante. 

 

Um beijo ardente, 

de despedida, 

enquanto as cores vibrantes, 

desapareciam lentamente, 

em tons de marrom e cinza. 

 

As árvores despidas, 

testemunhas silenciosas, 

da nossa história desvanecendo, 

a cada folha que caía, 

um pedaço do nosso amor. 

 

O vento uivante, 

levava as lembranças, 

para longe, muito longe, 

como se nunca tivéssemos existido, 

juntos, apaixonados. 

 

O chão coberto, 

de folhas secas e quebradiças, 

um leito de memórias mortas, 

onde antes floresciam os sonhos, 

agora apenas o vazio do outono. 

 

O outono beijou, 

com a beleza melancólica, 

de um adeus inevitável, 

e matou o nosso amor, 

suavemente, implacavelmente.

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