O dia em que as estrelas choraram
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 06 de Novembro de 2025 ás 17h 50min
Ó dia em que as estrelas choraram,
No manto da noite, o céu a clamar,
Lágrimas de luz, em dança, caíram,
Refletindo a dor que o mundo a sufocar.
De um coração triste, o universo ouviu,
No silencio profundo, a tristeza cantou,
As estrelas em pranto, um brilho serviu,
Como faróis da esperança, que nunca se apagou.
Ó raiva do vento, que balança as folhas,
Ó sombra que história em sussurros trago,
No peito do homem, o amor se esfolha,
Como a flor que insistem em chamar de afago.
Lágrimas da noite, que no chão se deitam,
Um poema em pranto no vasto firmamento,
E os sonhos perdidos, ao vento se respeitam,
Na luz das estrelas, um eterno lamento.
Essas pérolas claras, que o céu derrama,
São dores do mundo, também seu fervor,
Cada lágrima, um verso, em suave trama,
Cantam a saudade, celebrando o amor.
Nos olhos do mar, um reflexo se esboça,
Do salto da vida, do sopro divino,
Cada estrela que cai, à terra é uma moça,
Um encanto que cega, um laço, um destino.
Ó dia em que os astros, firmes e belos,
Decidiram mostrar seu íntimo sentir,
E no crepúsculo, em murmúrios singelos,
As vozes do chão, ao céu começaram a ir.
Naquelas noites em que a dor se faz clara,
E as lágrimas brilham como a luz do luar,
Aprendemos que mesmo a tristeza é rara,
Pois traz o ensejo de um novo amanhecer.
Das estrelas que choram, brotam esperanças,
Um brilho que acaba por aquecer a razão,
E no travesseiro, em doces lembranças,
Os sonhos se aquecem, aquecem o coração.
Ó dia em que as estrelas choraram,
No espaço infinito, em profundo clamor,
São ecos da vida, que todos sentirão,
Um lembrete ardente de nosso valor.