Ó meu Deus
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 09 de Dezembro de 2025 ás 14h 16min
Até quando ó meu Deus, andarei em busca do meu último sol,
Os meus pés estão cansados, os meus olhos calejados de chorar,
Nesta jornada sem fim, um peso em meu coração,
A alma implora por descanso, uma suave canção,
O tempo escorre entre os dedos, uma vã ilusão,
E a esperança se esvai, como a areia ao vento solar.
No vento solar, busco um alívio, um consolo,
Mas a dor persiste, ecoando em meu ser,
A cada passo, uma lembrança, um deserto,
E o pranto incessante, um rio a desaguar,
O cansaço me domina, me impede de ver,
A luz que outrora brilhava, em minha canção.
Em minha canção, verte a melancolia, um luto,
Em cada nota, uma saudade, um lamento solar,
A busca incessante me impede de ter,
Um instante de paz, um breve respiro no ser,
E as lágrimas insistem em me afogar,
Em um mar de tristeza, onde aprendi a chorar.
Onde aprendi a chorar, em silêncio, na escuridão,
A esconder a dor, a disfarçar o luto,
A seguir em frente, sem jamais ter,
A chance de recomeçar, de reencontrar o sol,
Que me aqueça a alma, que me faça reviver,
E transforme o pranto em suave e bela canção.
Em suave e bela canção, transformo a minha dor,
Em palavras que ecoam, que libertam o coração,
Em versos que buscam um novo amanhecer,
Um futuro sem mágoas, sem a sombra da solidão,
Onde a alegria floresça, onde eu possa ter,
A leveza da alma, a calmaria de um belo sol.
A calmaria de um belo sol, almejo em meu destino,
A fé que me guie, que me dê direção,
Que me livre das correntes, que me prenda à dor,
E me permita voar, sem medo, sem temor,
A acreditar que posso ter,
Um recomeço, um novo canto, um novo chorar.
Que meu novo chorar seja de alegria, banhado no sol,
Que a dor se converta em aprendizado, em lição,
E que a vida me reserve o direito de ter.