Ó meu Deus
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 23 de Dezembro de 2025 ás 14h 52min
A meu Deus,
as árvores estão despidas,
esqueletos contra o céu pálido.
As folhas que as vestiam,
tantas cores, tantos sussurros,
foram se embora.
Como borboletas levadas pelo vento,
dançando uma última vez,
antes de sumirem.
O chão agora é um tapete
de memórias douradas,
marrons, vermelhas.
Ó meu Deus!
O silêncio é mais profundo,
o ar mais frio.
Uma espera silenciosa,
um respirar lento,
até a promessa da primavera.