Ó silêncio
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 06 de Novembro de 2025 ás 17h 46min
Ó silêncio do universo, profundo e sereno,
Que embala o coração no seu manto pequeno,
Em tuas notas sutis, busco a paz,
Na vastidão que dança, onde o tempo se desfaz.
Teu eco me envolve, como a brisa ao amanhecer,
Em cada respiração, um novo entender.
Nessa simetria cósmica, me perco a sonhar,
Com as estrelas que sussurram, ensinando a amar.
Ó silêncio encantado, tu és meu abrigo,
Em ti, encontro alívio, como um velho amigo.
Suspensos os anseios, ao teu lado estou,
Na calma que emana, o que busco chegou.
No murmúrio das galáxias, ouço a verdade,
Teus mistérios me falam da eternidade.
As vozes do mundo, em exaltação,
Desvanecem-se na bruma da contemplação.
Tua presença sutil é um chamado a escutar,
Um convite ao interior para me encontrar.
Enquanto os planetas dançam em órbita e arrebol,
Eu me entrego ao silêncio que tudo absorve, e só.
Nos labirintos do cosmos, onde o tempo se fragmenta,
Tua essência me guia, uma luz que se aumenta.
Afasta-se o ruído, as dúvidas se vão,
A resposta que busco está em cada pulsar de coração.
Ó silêncio do universo, em ti eu confio,
Teus segredos revelam o que é mais sombrio.
Nem sempre as palavras trazem consolo e paz,
Mas teu abraço invisível é onde a alma se faz.
Assim, no vasto espaço que não tem fim,
Eu encontro meu eco, e uma nova direção.
Nos ecos de estrelas, no eterno rodar,
O silêncio do universo é a resposta a amar.