Os papéis velhos
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 09 de Novembro de 2025 ás 09h 57min
Os papéis velhos ainda contam poesias tão belas
nos sussurros do tempo,
guardados em gavetas empoeiradas,
onde a luz mal chega,
mas as palavras dançam,
vivem em cada dobra,
cada mancha de tinta,
cada sonho que não se apagou.
São vozes de amantes,
suspiros de promessas,
fragâncias de um passado
que ainda arde em memórias,
como folhas secas
que ao vento se entregam,
contando seus segredos
a quem quiser ouvir.
Um poema esquecido,
uma letra amarelada,
veio dos lábios de um poeta
que, mesmo com o tempo,
não perdeu seu vigor,
ecoando risos e lágrimas
no silêncio da casa.
Os papéis velhos,
uma ponte para o que foi,
sabedoria em suas marcas,
delicadeza em suas rugas,
no entrelaçar das palavras,
a beleza da vida,
resgatada, renovada,
como flores que brotam
entre as pedras do caminho.
E ao tocar esses papéis,
é possível sentir
o pulsar do universo,
uma sinfonia de almas,
de amores perdidos,
de esperanças ainda vivas,
na beleza que permanece,
mesmo quando o tempo
dizem que leva tudo.
Assim, entre folhas amareladas,
encontramos o que importa,
poesias eternas,
rascunhos da essência,
como perfumes que não se vão,
reverberando em nossos corações,
um convite a sonhar
e a eternizar as palavras,
que os papéis velhos ainda contam,
com a força do amor.