Partida dolorosa

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 05 de Dezembro de 2025 ás 14h 33min

Quando ele partiu pra outra vida, 

o sol se apagou. 

Não um apagar dramático, 

mas lento, 

como um crepúsculo 

que se estende por dias. 

 

Tudo em mim era rastro de lágrimas 

no mar profundo da minha desilusão. 

O sal, 

a ardência, 

a vaga incessante da saudade 

lambendo as feridas abertas. 

 

A casa, 

antes cheia de ecos da sua risada, 

agora um silêncio cavernoso, 

onde cada objeto 

gritava a sua ausência. 

 

As fotos, 

testemunhas de um amor 

que parecia eterno, 

transformaram-se em fantasmas 

de um passado feliz, 

assombrando o presente. 

 

As noites, 

longas e escuras, 

invadidas por sonhos fragmentados, 

onde ele voltava por um instante, 

apenas para sumir novamente, 

deixando um vazio ainda maior. 

 

Eu, 

perdida em um labirinto de dor, 

procurava em vão 

uma saída, 

um fio de esperança, 

um motivo para seguir em frente. 

 

Mas o mar profundo da minha desilusão 

era implacável, 

e as lágrimas, 

um rio interminável 

que me arrastava para o fundo. 

 

Ainda assim, 

no meio da tempestade, 

uma pequena luz teimava em brilhar, 

a lembrança do seu amor, 

um farol a guiar-me 

em direção a um futuro incerto, 

mas talvez, 

um dia, 

mais sereno.

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