Perdida
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 11 de Dezembro de 2025 ás 11h 11min
Perdida.
Na miragem densa,
dos teus olhos,
um labirinto de promessas,
não cumpridas.
Sou um pássaro,
asas presas,
em fios invisíveis,
de dependência.
A gaiola dourada,
do teu afeto,
sufoca.
Imploro,
silenciosamente,
por ares novos,
por um céu vasto,
onde eu possa voar,
sem o peso,
deste amor que dói.
Liberta me,
destas correntes,
que me prendem,
a um sofrimento,
constante.
Sou pássaro,
sim,
e as asas que tenho,
não são para a fuga,
não são para a ausência.
São para o abraço,
aconchegante,
em noites de outono,
quando o frio,
nos encontrar,
e a solidão,
tentar nos vencer.
Deixa me voar,
para depois,
regressar,
livremente,
ao teu ninho.
Amor,
não é cativeiro.