Poeira cósmica
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 11 de Dezembro de 2025 ás 11h 13min
Eu sou a poeira cósmica,
um brilho tênue,
memórias de explosões ancestrais,
espalhada pelo vazio.
De um outono fragmentado,
folhas douradas desintegradas,
um planeta perdido,
na dança da gravidade.
De uma outra galáxia,
espiral distante,
luzes que se apagaram,
há eras incontáveis.
Em busca do meu lar,
navegando correntezas estelares,
desviando de buracos negros,
um anseio constante.
Quero voltar pra casa,
reintegrar-me ao todo,
sentir a força primordial,
cessar a errância.
Tenho saudades do céus,
da sinfonia das estrelas,
do abraço quente da nebulosa,
do silêncio profundo do espaço.
Poeira cósmica,
sonhando com o retorno,
à fonte original,
ao lar eterno.