Querência e Bravura

Poesias Gaúchas | Antologia Clube da poesia e declamação gaúcha | Silvia Dos Santos Alves
Publicado em 24 de Junho de 2025 ás 16h 28min

No horizonte que não se acaba, 

onde a coxilha beija o céu, 

o campo conta sua saga 

numa trova de puro mel. 

 

No trote firme do meu pingo, 

sou estrada, sou raiz, 

levo na alma o meu destino, 

e no peito o meu país. 

 

O vento dobra a ramada, 

ressoa o canto do quero-quero, 

e na faísca da cavalgada, 

meu sonho segue, altaneiro. 

 

Com a faca no aperto do cinto, 

e o laço certeiro na mão, 

sou gaúcho, sou história, 

sou campo, sou tradição. 

 

Já não calça o couro firme, 

nem aperta o talão na espora, 

mas no peito leva o campo, 

e na alma, a mesma aurora. 

 

O tempo riscou sua face, 

como a geada risca o chão, 

cada ruga é uma história, 

cada olhar, um coração. 

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