SANTUÁRIO
O que é sagrado nesta vida?
Seguro... da firmeza do aço?
Pra quem é sentença definida
Submetido ao tempo, ao espaço
Mas... o que faz valer nossa sorte?
Não é tudo que construímos tão frágil?
Entre o nascimento e a morte
Tudo rui e esvai em tempo hábil
E.. O que segurança nos traz?
Sentimento baço e passageiro?
Este sócio do homem que atrás,
Vai do riso desvairado e ligeiro
Cegos... tateamos pelo mundo,
Tentando encontrar santuário,
Nos perdemos em beco imundo,
Nós, que tudo fazemos ao contrário
E se no abismo não despenquei
Procurando iluminação na sombra
Sem sólida tentativa não fiquei
Mente encasada em lombra
Foi por mão sagrada e segura
Clareou a visão sacodiu o ser
Impedindo a certa sina dura
Valor que sempre me faltou ver
Alexandre HC Mendes