Silêncio das manhãs
Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de MenesesPublicado em 08 de Novembro de 2025 ás 17h 08min
No silêncio da manhã,
as flores despertam,
suaves sussurros de cor e aroma,
a essência que dança no ar,
um doce convite à vida.
Pétalas que se abrem lentamente,
um abraço aos primeiros raios de sol,
cada tom, uma história,
cada perfume, uma memória,
tecido das almas que as cultivaram.
Nos jardins, um ballet de formas,
vilas em miniatura,
onde as borboletas fazem festa,
e os pássaros em coro cantam,
celebrando a beleza simples de existir.
O vento carrega segredos,
fragmentos de risos e lágrimas,
nas flores há promessas
de amores que nascem e se vão,
de tempos que florescem e murcham.
Assim, na fragilidade de cada flor,
habita a força do que é efêmero,
um lembrete de que somos
tão belos quanto breves,
parte da grande tapeçaria da natureza.
Essência das flores,
beijo da terra ao céu,
um hino de gratidão,
somos todos poetas,
escrevendo em pétalas
a nossa própria canção.