Sobre o Tempo
Queria escrever para o tempo
Um poema infinito e isento
Sem dono nem comprometimento
Que falasse pra sempre dá eternidade
E que nas linhas tortas e trêmulas
Não tivessem dúvidas nem dilemas
E que nas palavras desse eterno poema
Se destacasse nossa liberdade
Queria escrever sobre a guerra
Que destroem tudo e assevera,
As vidas, dentro de uma esfera
Sem chance de uma defesa
Ou descrever malefícios e maldades
Que o homem em sua sagacidade
Perpetuou na sua doente mentalidade
A destruição plena da natureza
Queria escrever sobre saudade
De uma época da tenra idade
Onde só existia inocência e amizade
No mais profundo âmago do coração
Um tempo de plena pureza
De sentimentos simples de singeleza
Onde a alma exalava beleza
E só havia luz ante a escuridão
Queria escrever sobre o amor verdadeiro
Duradouro, romântico, com exagero
Que não era descartável nem passageiro
E os olhares mantinham um belo mistério
Parecia ter um certo segredo
Os abraços eram fortes sem medo
As pessoas tinham muito respeito
E o amor era intenso e sincero
E escrever sobre causa, efeito e reação
Sendo prático, determinado sem paixão
Pra ficar tatuado na posteridade
Com palavras fortes e atemporais
Que não fossem tensas nem sentimentais
E que tivessem a força da eternidade
ADAILTON LIMA
Comentários
Podemos até nos lembrar de tempos idos, mas uma coisa é certa: estamos de passagem e o nosso destino é a eternidade.
Égamo | 07/05/2024 ás 13:10 Responder Comentários