Solidão e Reflexão
Poemas | Metade Dita, Metade Sentina : Contos. crônicas, cartas, poemas e confissões que talvez fossem suas. | Silvia Dos Santos AlvesPublicado em 10 de Julho de 2025 ás 21h 02min
Solidão e Reflexão
A chuva cai sem pressa, sem rumo, lá fora, o mundo se dissolve em cinza. Dentro, o eco da minha própria respiração é o único som que ousa existir.
O relógio não marca o tempo, ele apenas o observa escorrer. As lembranças, como vultos, deslizam pelas paredes frias da saudade.
Não há lágrima — já chorei tudo. Só há o vazio que se acomoda na poltrona, e o silêncio, esse velho companheiro, me conta histórias que ninguém mais ouve.
Aqui, neste instante imóvel, sou eu sem máscara, sem palavras: um ser que pensa, sente, respira, e aprende que até a dor ensina.
Livro: Metade Dita, Metade Sentina : Contos. crônicas, cartas, poemas e confissões que talvez fossem suas.