Solidão e Reflexão

A chuva cai sem pressa, sem rumo, lá fora, o mundo se dissolve em cinza. Dentro, o eco da minha própria respiração é o único som que ousa existir.

O relógio não marca o tempo, ele apenas o observa escorrer. As lembranças, como vultos, deslizam pelas paredes frias da saudade.

Não há lágrima — já chorei tudo. Só há o vazio que se acomoda na poltrona, e o silêncio, esse velho companheiro, me conta histórias que ninguém mais ouve.

Aqui, neste instante imóvel, sou eu sem máscara, sem palavras: um ser que pensa, sente, respira, e aprende que até a dor ensina.

Livro: Metade Dita, Metade Sentina : Contos. crônicas, cartas, poemas e confissões que talvez fossem suas.

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