Suplica ancestral

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 11 de Dezembro de 2025 ás 11h 05min

Até quando, ó meu Deus, 

haverá escuridão em meu rosto? 

Uma sombra persistente, 

um véu que não se dissipa. 

 

O sol, antes tão presente, 

calor amigo, 

agora distante, quase memória. 

Sua luz não aquece mais 

a frieza da alma, 

o vazio que se instala. 

 

Perdida, 

à deriva num oceano turvo. 

Lágrimas salgadas, 

ondas amargas de desalento, 

afogando a esperança, 

silenciando a fé. 

 

A noite é negra, densa, impenetrável. 

Um breu que consome, 

que sufoca o espírito, 

que rouba a visão. 

Não se vê futuro, 

apenas a escuridão presente, 

o peso do agora. 

 

Até quando, meu Deus, 

esta noite sem fim? 

Quando a aurora romperá, 

trazendo alívio, 

renovando a força, 

restituindo a luz? 

A alma implora, 

o coração suplica, 

por um raio de esperança, 

um sinal de que o sol 

ainda existe, 

além da escuridão.

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